Opostos


 
 
Longe mas pegados, opostos mas apostos,
Que perca de tempo é tentar diferencia-los,
Se nascem juntos e estão sempre agarrados,
Falo, não me reservo, à muito que observo-os.
 
 
Observo-os ao longe, não os consigo distinguir,
Realidade, ilusão, o que vejo é eles a dar a mão,
Jamais se chateiam ou separam, irmãos o são.
Em muitas frentes, aguardam o que há-de vir.  
 
 
Um é suave no toque, o outro é rude, isolados,
Não são doces, nem amargos, tem o seu sabor
Quando juntos, a nada sabe estando separados,
Parece difícil a fusão, a união do frio e do calor.
 
 
Quem será o bem ou o mal, o homem ou a mulher,
O que será o sonho, a oculta ilusão ou a realidade,
Não é o bem nem o mal, agora vejo a precariedade,
Vejo que é só um homem de mão dada a uma mulher.
 
 
 
 

Para vós seres da partilha um enorme SORRISO!

Lisboa

Bruno Dias
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