Tentar não ser tentado

Tentar não ser tentado

Tentar não ser tentado
 
Cogitando a tentativa, e tentar não ser tentado
Fico preso no assento, que me trás filosofia
Enquanto penso nos impulsos, eu, aqui sentado
Estou dialogando com minha própria euforia.
 
E no cerne da questão, na carne do leão
E do rugido que se solta, são ditas minhas leis
Tão preguiçoso na savana, me deito no chão
E uns metros adiante. Posso ver os reis!
 
Tão ruim é estar emerso nesta fase ilusória
E a nuvem que no horizonte, me faz sonhar
Pois durante esta vida, um pesadelo é história
História que os meus sonhos evitam me contar.
 
Pois o tempo que perco, enquanto fico perdido
Na perdição eu trilho caminhos, ainda não traçados
E faço novidade andando por esse desconhecido
Jeito de conhecer os passos que já foram dados.
 
Cedendo aos prazeres carnais, são meus vícios...
E não quero apodrecer na virtude da beleza opaca
Pois do prazer sem esforços moram os malefícios
Que fazem a morte parecer forte e a vida fraca.

Às vezes estamos nos sucubindo no mundo das drogas, e dos vícios, não necessariamente as drogas físicas e químicas, mas no vício de empodrecermos nossa subjetividade.

O prazer forçado, o amor sem respeito, o amor egoísta além dos limites individuais. Talvez a gente não haja da forma brusca como a da imagem, mas, de certo, muitas vezes somos viciados na saciação de nossas vontades mais obscuras, sendo assim, nos condenamos a um vida pobre em oportunidades e rica em objetividade, justificamos nossas frustrações com a estabilidade do cotidiano sem causas fundadas e com falácias vãs, com atitudes preconceituosas e o entorpecimento do efeito social conforme a mente se derrete diante das demonstrações empacotadas pela publicidade faz do futuro um pesadelo, já os sonhos viram histórias de comédia, conversa jogada fora numa mesa de bar, sendo assim, nos sobra tempo apenas para fazer o imediato...

Porque dessa forma?

Tão desesperador, estamos desalmados?

Guarulhos - SP