Quase um idílio

Meu coração foi içado ao teu
Duas cadências como se uma fossem
Vidas ritmadas, outrora atoladas no breu
Enigmática paixão
Corações entregues à alucinação
Pra que falar de razão ?
O que fascina mesmo é a emoção
Teu amor inundou meus rasos rios
Transbordaram sonhos, desejos, desvarios

A paixão é um cavalo alado, indomado
É mar aberto
Ave sem pouso certo
Desgarrada do ninho
Andarilho sozinho
Caminho incerto
Por onde preciso transitar
Vento gélido que corta os lábios
Chama que insiste em não se apagar
Teu amor é asa ritmada
Cândida morada
Onde posso inclinar minha cabeça
Sentir-me amparada
Preciso do que ainda não foi despertado em ti
Por que me tomaste em teus braços ?
Por que me envolveste em teus abraços ?
Quero subitamente correr para os pântanos
Fugir do teu regaço
Para não morrer de amor
Não agora
Se profusamente me entrego
Também sou mulher pega no laço

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