Acorda aí!...

Não venha em mim descontar
Os seus desencantos e frustrações
As suas dores e mágoas...
Sempre tivemos oportunidades iguais!
Não tenho culpa se covardemente
Você não foi atrás dos seus sonhos
E o fato de eu ter ido atrás dos meus
Incomodar tanto!...
Não tenho culpa se para você
O conforto e a segurança
Foram mais cômodos
Foram melhores
Que o sabor e o prazer
De suas próprias conquistas!...
Hoje você quer que eu pague
(e pague caro!)
Por não ter sido covarde
(Ah, só você!...)
Debocha do que eu faço
Recrimina o que eu falo
Condena tudo que vem de mim!...
O nome disto? Eu bem sei!...
Quem é você para me criticar?
O que sabe da vida
Além dos romances que lê
E dos filmes que vê?!...
Acorda aí!...

 

Observando histórias de vida... de tantas vidas!

Juiz de Fora, abril de 2007