Seguimos a multidão em passos largos
Às vezes estreitos, às vezes calmos
Às vezes vorazes, às vezes inseguros
Às vezes decididos, mas seguimos
Mas em certa altura do ébano
Nos deparamos com o duplo
Que completamente obscuro
Temos que prosseguir.
Não adianta pedir, nem implorar
Nem chorar, nem se humilhar
A estrada continua
E nem sabemos aonde chegar
E nesse labirinto de Minotauros
Que em todo momento procuramos acertar
Quase sempre a angústia da incerteza
Dá-nos a reflexão de não aceitar o erro
Neste momento inesquecível do caminhar
Do andar pela estrada repleta de platéia
Não nos resta saída melhor e mais balsâmica
Do que cobrir nossa face, nosso desacerto
Devemos pensar, meditar e relaxar
Porque não somos os únicos num universo
Transbordantes de tapa-olhos, tapa-faces
Tapa-sexos e vergonhas da maturidade
Sim, a máscara da vergonha que Adão e Eva
Foram os estilistas e os próprios modelos
E de anteontem para cá, nos obrigaram a usar
Em verdade vos digo, vivamos sem medo de errar
No entanto, se nenhuma crítica desprender
Do inconsciente coletivo de um ciclo humano,
Que não me atrevo a induzir-lhes a palavra social
Mas, atrevo-me a afirmar, que devemos é gozar.
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