Um corpo
que concentra todas as forças do desejo em si.
Um corpo
que seduz sem perceber e devolve o prazer de admirar.
Um corpo
fácil de notar e que transborda a vontade de tocar.
Um corpo
que me toma por inteiro acelerando meus sentidos.
Um corpo
que de pequeno não tem nada 
é infinito em sua beleza e tão claro em sua pureza.
Um corpo
que encaixa em mim como luvas
e se adere às minhas medidas à todo instante.
Seu corpo.

São Paulo, 21 de outubro de 2003.

Carlos Eduardo Fajardo
© Todos os direitos reservados