Não preciso ouvir uma música
pra saber como ela é boa

Não preciso cheirar uma essência
pra saber como é seu perfume

Não preciso lembrar de seu nome
para saber de sua bela existência.

Não preciso tocar a seda
para saber como ela é suave

Não preciso tocar qualquer lenha
para saber como ela queima

Não preciso enxergar a cadeira
para saber que nela alguém repousa

Não preciso sentir a brisa da praia
pra saber como é ouvir uma concha.

Não preciso me perguntar por que existo.
Não preciso questionar tudo aquilo que sinto.
Não preciso saber onde fica o infinito.
Não preciso lembrar os sentimentos que tive.
Não preciso de nada... a não ser a certeza
De saber que meu Deus é vivo, forte e que existe!

Talvez você não esperava que o final fosse assim...

escrita originalmente em Dezembro de 1998.

Brasília/DF

Alessandro F. de Andrade
© Todos os direitos reservados