Fiz de mim, um poeta.

Tragado na ilusão das desilusões
E no complexo do paradoxo metafórico
Caí nas margens do gelo super calórico
Onde o ódio é alimento de corações.

E na minha mente confusa
Eu me perdia com os desgostos
que me serviam, e eu aqui posto
Me delimitava em pensar na musa.

Surgiu de mim um ímpeto singular
Como que fosse feito de loucura
O prazer supérfluo da luxúria
Também começava a me tragar.

E eu me entorpeci, pois dormente
Fiquei tempos diversos, de versos...
Estou agora, muito carente

Sem contrariar meu ego indigente
sou o acúmulo do frio submerso
no calor deste inferno estridente.

E fiz de mim um poeta, desde então
Tento me curar dos males da alma
Procurando obter pouco mais de carinho.

Talvez eu só aprenda esta lição
Quando nos meus versos pairar a calma
Que fizeram de mim, um poeta sozinho.

Leiam e vejam, são minhas turbulências emocionais, meu egoísmo gótico, minha desilusão amorosa!

Guarulhos - SP