O Beijo

Sem pudor, sem medo, sem calma
Com o teu poder, apodera assim do meu corpo,
Toque os teus suntuosos lábios com os meus
Mude o sabor amargo impregnado na minha boca.

Sem culpa, sem rancor, sem terror
Entrelace a tua língua na minha
Enfraqueça a distância entre nós
Mantendo-nos unidos por horas.

Atiça-me, domina-me, roube-me um beijo,
Morda os meus lábios quando explodir de prazer
Reabite as nossas bocas uma com o desejo da outra.

Sem pensar, sem vacilar, sem hesitar
Beijo-te, delicado, vaporoso
Entrando levemente com a língua
Na tua fantástica boca.

Devasto,
Massageio as tuas costas nuas
Com os lábios umedecidos
Incapazes de serem controlados.

Antes que suspire,
Atraco vampiricamente o teu pescoço nu,
Tocando levemente a tua pele magnificente.

Paro por aqui com as palavras
Só continuo essa sina pessoalmente.

Poesia sobre o beijo com amor, não paixão.

em casa.

Mário Cardoso
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