Sim, só eu e você.
Sem romance sem nuance
Só nós dois, neste lance:
Eu escrevo e você lê!
 
Sem ademais, sem nada mais
Deste “love love”  aturdido
Que se debate inibido
Enquanto o poema se desfaz
 
Sem fronteiras e sem amarras
Sem ódio e sem alegria
Só os versos que fazem farra
Pra te enganar nesta poesia
 
Pode até ser impuro
Mas te garanto, é só zoeira.
Numa arte de brincadeira
De um poeta imaturo
 
É uma forma tendenciosa
Sob uma tentativa frustrada
De fazer arte enganosa.
Sem contar histórias, nem nada.

Só eu: (o escritor)
E você: (o(a) leitor(a))

Guarulhos / SP