Eu não te culpo pelo vazio entre nós
Nem pela amplitude inatingível dos sonhos,
Se eles inspiram tudo aquilo que componho
O vazio não me impede de ouvir a tua voz...

Eu não te culpo pelos sonhos entre nós
Nem pela amplitude inatingível do vazio...
Se eles inspiram tudo aquilo que respiro,
Os sonhos nos impedem de estarmos a sós.

Se o inatingível me obstrui o olhar
- Com sua amplitude: uma muralha hostil -
Eu não te culpo... transcendo... e me inspiro!

Se eu te culpasse por meus sonhos vazios,
Ainda assim eu escolheria sonhar
- Que sem tais sonhos certamente expiro!