Que dor é essa?
Que invade minha alma, perturba meus pensamentos, entristece meu coração e me deixa sem chão, sem céu, sem ar.

Que amor é esse?
Que vem e vai, que alegra e entristece, humilha e enaltece, por hora vidro noutra cristal.

Que vida é essa?
Tão incerta, desconcertada, correta, planejada, hoje sim; amanhã não, depois quem sabe.

Que sonho é esse?
Querer tocar as estrelas, beijar a lua, e ter que se contentar em apenas sonhar.

Que felicidade é essa?
Feita de pequenos instantes, poucas conquistas, novas derrotas, algumas alegrias, por vezes louca e insana que me adoça a boca e amarga a alma.

São telefonemas estúpidos na madrugada, um caso mal resolvido, palavras que não foram ditas promessas que nunca serão cumpridas.

Vida sem propósitos, louca, ridícula, insana, cheia de insatisfações, fingimentos, mentiras, xingamentos, palavras vazias, pequenas palavras sem sentido algum, como você. Vazias e vãs que fascinam, encantam, prometem e depois desmentem tudo, some, desaparece assim, simples e prático como se nada tivesse acontecido, como se nada valesse a pena.

Vida sem sonhos, sem vida, sem felicidade, com muita dor e nada, eu não mais vivo, apenas sobrevivo.

No dia a dia, a rotina, o stress, a monotonia, a falsidade, a insensatez, verdades, mentiras e mais mentiras...

Peço-te, imploro. Não me ligue mais, suas falsas promessas, suas doces palavras me machucam, maltratam. É uma tortura, me sinto sufocada, você me faz muito mal.

De você, da vida, do teu falso amor, dos sonhos, da tão sonhada felicidade, nada mais me resta...

Apenas continuar a viver.

Esquece-me, some ,desaparece.

Vou tentar viver!

MEIRE BARROS
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