É estranho que a gente ainda ande
Pelas perigosas e apressadas avenidas
Como se não fosse a nossa vida
Passada por entre os ruídos da cidade grande.
É estranho que muitos de nós caminhem
Desapercebidos de que o mundo ao seu redor
Ao mesmo tempo em que se transformou
Não ficou nem pior e nem melhor.
E é estranho que os outros os observem
Como se fossem eles os responsáveis
Por estar tudo como está, estranho,
Querendo deles compensações ou ganhos.
No fundo, esses aí não sabem o que esperar,
Não sabem o que querem nem de quem;
Razão por que, chegando num lugar,
Nele mendigam ao primeiro que vêem.
Querem que ele resolva seus problemas,
Como se não os pudessem resolver.
Mas, se aumentam eles com o olhar,
Como é que conseguirão ver?
Yarqon
© Todos os direitos reservados
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