Quero ser como um astro em tua vida,
A brilhar feito as lavas de um vulcão
Que da pirosfera saem incandescidas,
Escorrendo e clareando a imensidão!
 
Quero ser um vulcão em atividades,
Transbordando de prazer para te dar
Qual um rio que preenche cavidades
Nos meandros do percurso a ondear!
 
Quero ser um vulto vago, um açoite
Que empurra a bruma leve e esquiva,
Suavizando a escuridão da tua noite!
 
Quero ser o que a minha sorte priva,
Mas suporte o que minha vida acoite:
Ter eterna a minha alma a ti cativa!
 
Autor: José Rosendo