Quem dera o meu amor

Pudesse ganhar forma.

Ter uma boca que beijasse

e, não falasse tanta bobagem.

Que me estendesse a mão

para o carinho,

Que me desse relevância

até em um bilhetinho.

Trouxesse de pronto, sempre,

uma flor e,

mesmo com elegância,

me amasse sem pudor.

Desejasse cada parte perfumada da minha pele.

Invadisse, com calma,

Até a minha alma.

Me devorasse todos os dias,

num movimento intenso e voluntário.

Um amor que transformasse o meu hoje,

No nosso sempre