Doce lembrança do restaurante,
onde o prato do dia era amor!
Que bom amor lá se fazia!
Não era preciso reserva,
marcação,
nem mesa reservada,
comia-se amor na mesa
ou onde calhava!
Quando se pedia a conta,
ficava-se de boca aberta,
pois a dona nem carona,
nem gorjeta aceitava!

De cor,
o caminho se sabia
para comer o amor onde bem se fazia!

Agora,
a chaminé da cozinha já não faz fumo
nem o fogão dá sinal de vida,
amor já não se come,
é só hotel onde se dorme
a pensar na comida,
que sobre a mesa se comia
ou na chaminé a deitar fumo,
enquanto a lenha ardia!

Já não há mais fumo,
mais nada,
só cinza apagada
e saudade!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
Gondomar-PORTUGAL
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