Quando lhe vi passar não pude deixar de reparar o brilho em seu olhar.
De certa forma um homem, mas com juízo de um menino que vive a brincar.
Vivia a te tirar por tua magnífica Brasília amarela.
Hoje faço de tudo para vê-la passar.
Brasília que levou meu amor para longe e que lhe trás de volta nas horas em que eu já penso em desistir de te amar, quando a saudade vem com toda força e insiste em ficar.
Brasília que foi o canário deu uma paixão, e quando se vai planta em meu peito, mas uma semente de solidão.
Brasília que leva e trás meu sonho, que leva e trás meu homem; que no fundo já levou várias mulheres em sua pobre Brasília.
Mas eu não me importo, pois também sou louca por esse homem.
E hoje sou inimiga do tempo, fico horas na janela a espera de ver essa Brasília voltar e uma faísca de esperança em meu coração lançar.
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