CADERNOS DE POESIA

Na minha infância e adolescência
escrevia meus poemas em cadernos ,
depois, aos 15 anos, meu avô me
emprestou uma máquina
de escrever portátil, “Olivetti”
onde escrevi dois romances, não publicados,
e meu primeiro livro de poemas
“ CHUVAS DE OUTONO”,mas nunca deixei
os caderninhos de lado. Aos 18 anos comprei minha
máquina de escrever portátil que me acompanhou
por muito tempo. Mas jamais esquecerei meus
cadernos de poemas, eu escrevia o caderno inteiro
 com muitas poesias, e dava de presente
para a menina que amava e que sempre desprezou.
Eu sei que os poemas eram pueris mas
o que contava era a inspiração pois escrevia sempre
debaixo dos pés de laranja, a beira do rio,
no alto da montanha, onde o vento teimava
 em me atrapalhar, dentro
 da mata onde nascia um pequeno riacho.
Lá em Ibitirama, e depois
 aqui em frente ao mar em Vila Velha. Foram
muitos os lugares solitários, muitos os cadernos,
centenas de poemas.
Aos dezessete anos levava meu caderno de poesias,
para meu trabalho, eu era cobrador de ônibus,
e no tempinho que tinha, lia as obras
completas de Fernando Sabino, e
escrevia os poemas que iam nascendo das
situações mais inusitadas.
Hoje tenho minhas agendas anuais
nelas tem muitos esboços de poemas
que acabam aqui no computador pessoal.
Eu sempre fui e sou muito feliz, pois minha
vida toda está sendo escrita no
caderno de poemas que Deus 
sempre leva consigo em suas mãos.

FIM

Ninguém nos forma poetas, não aprendemos a fazer poesias em sala de aula, não recebemos diplomas, colamos grau, simplesmente Deus diz: Nasça um poeta. E pronto, já nascemos formados, graduados e depois a vida nos pós gradua.

A todos os poetas deste site, minhas mais sinceras congratulações. Todos são seres especiais.

Vila velha - Es - Primavera de 2007