Recife acorda com o cheiro dos corpos, que mancham as pedras da nova geração.
É logo de manhã, que tomo meu café, beijo minha esposa,fumo meu cigarro. E foi de manhã quando sai de casa que pensei ter visto a fome, a vingança e o ódio,mas eram apenas crianças dormindo.
Joguei meus olhos no chão quando achei um homem na rua, vestido de placa,que dizia grande e errado: "Vendu a minha alma, a de minha mulhe e a de meus filhos"
Voltei para casa sem rosto, sentei na ponta da cama e me perguntei,VENDE-SE?
Vendem-se roupas,vendem-se os pulmões,vende-se alma,vende-se gatos persa,vende-se o coração,vende-se os pecados e vende-se a salvação.

                                           VENDE-SE!? VENDE-SE!?

Mas Deus por que vende-se?
"Vende-se para não morrer de fome"

Esse poema fala sobre o que as pessoas tem que fazer para sobreviver nesse mundo onde "Os pastores comem o rebanho"

Em meus obscuros pensamentos.

cesar, poeta de gavetas
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