Quantas vezes passo por esta estrada,
Pelas mesmas casas, agora abandonadas,
Quanta vida existiu lá dentro,
Quantos sorrisos, choros ou lamentos.

Tudo agora apagado, impera o silêncio,
As ervas, os animais existem nelas neste momento,
Se as paredes pudessem contar, falar,
Só nos resta imaginar, pois nada poderá se revelar.

Quantas histórias teriam a nos contar,
Tantas gerações, tantas emoções,
Uma imensidão de vidas ali a passar,
Tudo ficará guardado para lá dos portões.

Quantas pessoas poderiam ter aqueles tectos,
Mas não, estão fechados de tijolos repletos,
Um nada, um imenso vazio,
Torna aqueles lugares tristes e tão frios.

São como a vida de cada ser,
Tanta coisa imensamente vivida,
Tanto por revelar, tanto por dizer,
Sentimentos guardados, contidos.

Não existe momentos iguais,
Todos os momentos vividos,
Ficam guardados, protegidos,
Como uma casa fechada dos demais.

Nada nem ninguém pode entrar além dos portões,
Só nós próprios poderemos navegar nas nossas emoções,
Reviver cada momento, cada sentir em nossos corações.


A divagar...

No Escritório a trabalhar no meu Portugal