Pode ser mentira,
Pode ser verdade
Ficção, realidade.
Pode ser eu
Pode ser a outra
Posso querer amar
Posso querer matar.
Às vezes quase mato
Quase pulo
Quase enforco.
Às vezes quase me entrego
Provoco o vizinho,
depois nego.
Às vezes quase te odeio
Quase te engano...
Mas é tudo efêmero...
Na cama eu me deito
Me deixo e te amo.
E tu me diz coisas
no ouvido
E me manda outras
que até duvido.
Eu me solto toda assim...
Não me reprimo
Porque pode ser eu
Mas pode ser a outra
que habita em mim.

Carolina Salcides

 

Imagem do poema: http://bp3.blogger.com/_m...