Quisera beber-te...

Sonhava eu, e ao soluços de
cada lágrima que bebia,
derramada por ti, te chamava...

Pois, estava eu sonhado que eras meu,
que eras somente para mim !
E, em sonho te contei dos meus temores e
falei do meu amor por ti..
Busquei um caminho que me levasse a té
onde tu estas...

Dentro as noites me fui, pêlos sonhos...
Com o doce e louco desejo por ter-te,
de querer ser tua escrava e tua dona...
Mas tu, não me chegaste ...
E não pude penetrar em teus sonhos...

Por tanto querer-te...
Por tua boca rubra e fresca, que ainda
me há em desejos por muitas noites, sem ti..

Te beijo em meus sonhos e minha sede não
se há aplacado ainda; que em cada beijo
quisera beber-te inteiro até tu’alma...
desejei amar-te e me fiz como a brisa fresca,
entre teus braços, onde tu, me deixas louca,
que até a morte sega sem poder me encontrar!

Bem sabes tu, como me estas jogando ao abismo
dos sentimentos...brincando com meu amor...
nesta tua ausencia já infinita...
à distancia intranspunível..

Como louca me sinto ao escutar ao
longe teus passos.. em minha lembrança,
o ecôo de tuas palavras, o sentir de tua
presença que, me da a vida e mata!
Sem mais poder tocar-te...

Quisera ser teu ar!
que te alimenta e te trás à vida,
eu quisera ser o sangue
que corre por tuas entranhas, fazendo
pulçar novamente teu coração...

Eu quisera ter-te em meus
braços, quisera ter teu corpo
por minhas ânsias, e à todos
os caminhos em meus beijos.
ver tu’alma em minha mirada.

Quando sinto ao querer-te uma doce
loucura, que me mata pouco à pouco...
eu quisera ter-te todo...
todo teu corpo e toda tu’alma.

Estou enferma por teu amor,
onde à cura, já não há esperanças..
No cálice deste amor louco
tu, és minh’água e minha vida!

Maldita seja a hora
em que contemplei tu’alma!
Em que vi teus olhos negros
e quisera beijar-te os lábios rubros.

Maldita seja a sede de beber-te
e maldita seja a água, de quer-te!
Maldito seja este amor que me envenena
e não mata!

Tua boca rubra eu beijo, em meus sonhos,
e minha sede não se há
aplacado ainda...

Que em cada beijo quisera bebe-te inteiro,
até tu’alma há dentro!...
sempre... por toda uma eternidade !

Ao derramar-se das lágrimas de um aausencia,
buscando-se em sonhos os desejos não aplacados
na realidade.
Em um tempo que ja não me esta, onde o passado
eo presente se mesclam..

Em um anoite de luacheia à beira mar, 17 de agosto 006

Sonia Aly Salem
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