Eu ia falar de amor,
Mas vem uma dor tão densa
Que a poesia mais intensa
Se embebe naquela dor;
E não há rima que vença
Meu silêncio sofredor,
Que faz eco no leitor:
Não é no amor que ele pensa...
Mas em vez de ficar triste,
Aprendi que não existe
Espinho sem chance de flor;
Nem lágrima sem motivo;
Nem sofrer sem lenitivo;
Nem poema de amor sem dor...
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença