Na África de esquálidas crianças,
Sobas gordos e lustrosos generais,
Cobertos de medalhas e tudo mais,
A afagar sorridentes suas panças...

Na China, um povo tenso a trabalhar...
Numa forma disfarçada de escravidão,
E crianças abandonadas pelo chão!!!
Mandarins, agora generais a mostrar:

Enigmáticos sorrisos sempre iguais...
E os mulás, nédios e bem vestidos,
A comandar crentes enlouquecidos...
A morrer e matar em suicídios rituais!

Parece ser assim em qualquer lugar:
.Vejam nossos políticos sorridentes!
Nossos compenetrados dirigentes,
Fingindo sérios que estão a trabalhar...

E o povo, nas filas a se desesperar!
Sem Saúde, Empregos e Educação!
Sobra miséria, estourando o coração,
Dos bóias frias, de tanto trabalhar!!!

Se nada disso te faz sentir-se mal,
Você é da egoísta estirpe de Caim!
Não liga não, a vida é mesmo assim...
Teremos sempre futebol e carnaval...

Faço esta poesia com amargura.É um protesto, mas não vai mudar nada.

Na margem do rio Estygio