Tenho medo do advento da noite
Do silêncio, das vozes e até da calma
Tenho medo das sombras, das aflições
E angústias que atormentam a alma
Oh! Noite, tão pesada e longa!
De hora que não quer passar
De mistérios sombrios e profundos
Ao pôr-do-sol quero me associar
Eu quero a companhia das flores
Ver as folhas sob a brisa dançar
Sentir o soprar de grandes ventos
E o chorar das fontes quero escutar
O amanhecer, de manso, se aproxima
E o clarão do dia, começa a chegar
Quero esquecer as sensações noturnas
E as noites negras quero olvidar.
Ana Clara Cabral de Sousa
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