Uma ponta de saudade.

 

O maior homem que conheci no mundo, não era um gigante norueguês ou um guerreiro Zulu,
O maior homem que conheci neste mundo media “parco” um metro e cinqüenta e cinco centímetros.
Ele foi um verdadeiro cavaleiro Templário, mesmo sem a altura de um e com uma perna manca, não andava a cavalo, mas sim de carro, no tempo em que fusca era carro, e ele adorava um fusca.
Eu também me lembro de deitar quando pequeno no fundo do fusca e ficar olhando pro teto enquanto ele me contava uma História em que havia derrotado dois lobisomens, vejam bem não um, mas dois.
Quando eu o conheci ele ainda lembrava um pouco o homem jovem que havia sido um dia, nem todos os cabelos estavam brancos, nem todas as rugas estavam a fazer morada em sua face, e o sorriso ainda lembrava a energia do topo da vida.
Lembro de reconhece – lo não pela volta que dava comigo na quadra de casa todos os dias, mas pelo carinho e o amor que ele me dedicava, e lembro que quando ele partia os seus olhos lacrimejavam uma saudade prematura que eu em minha tenra idade não entendia...

Kosby
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