Sentido, qual voz suave, o vento.

Cantigas, num silêncio se casam.

Assoprando livre no pensamento.

Excêntricas sensações abrasam.

 

Meditando e pleiteando o sonho.

Sendo um eterno amor em paz.

Alegria, aferindo eu componho.

Onde talvez, só um sussurro jaz.

 

Silenciosos sussurros e  enfim.

O tempo parado tentando ouvir.

Quando te aproximando de mim.

Quase chegando, então, a sentir.

 

Porém, meu amor, tão tristonho.

Estando sempre, nós distantes.

Fazendo desse amor um sonho.

Jamais concreto, porém pulsante.

 

Apenas, como sussurro cortado.

Numa linha do tempo voejando.

Como galho infrutífero podado.

Sob a voz do vento, se dobrando 

 

izildinha renzo
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