Há eventos que têm aspectos insuperáveis,

Como se ocorressem para abalar psiquicamente

As arrogantes mentes que nunca podem morrer sãs,

E, justamente por isto, recebem o beijo de um choque

O qual descarrega aflição nos mais firmes espíritos.

 

Fluidez de dor que não o é, mas que dói.

Melodia cacofônica que instiga o ser ao inferno.

Toque de medo digno dos olhos diante da carnificina.

Sangramento interno que vai matando oculto...

 

E o cérebro recebe o forte impacto da pancada!

Instaura-se a desconfiança, então. E o imenso receio...

A falha sou eu no mundo. Sou eu a tísica cancerosa,

Pústula carniceira a espalhar a chaga pelo universo

E a montar o álbum com o registro da loucura!

 

Nunca mais serás a mesma, doce mosca...

Pois isto é o que somos: insetos rodeando o trauma...

 

Todos nós passamos ou passaremos por esta rota.

Qualquer motivo serve e é igualmente apreciável...

Recebe o que a vida reserva, aceita o que a existência te dá,

Porque entre milhares de Joãos e Marias,

O trauma é a bruxa que nos há-de devorar...