Era noite. A Lua, tímida, se escondia
Dentre as estrelas que cantavam fulgor...
Vi-me submisso à sinfonia sem pudor
E meu pensamento era deveras fantasia.
 
Golpearam-me umas faíscas de carinhos
Que desabrochavam em meu íntimo etéreo,
Por isso gritei que gritei sobre aquele império
De dor e forças ocultas quebraram espinhos.
 
Encontrei o amor desacordado sobre pedras
E o acalentei sobre meu regaço de Narciso
Para que das águas pudesse eu ver os espelhos...
 
E o Sol alumiou onde havia amontoado de feras
Que tremendo lutavam para devorar meu abrigo,
Porém das emoções vislumbrei os Evangelhos!
 
 

 
DE  Ivan de Oliveira Melo

Ivan de Oliveira Melo
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