Que seja noite
o mar descortinado por
cigarras histéricas
um ar de par morte
vilarejo de pedras miúdas
o mutismo e sua
longanimidade,
para que discretamente
eu possa pousar
o meu passado sobre o mar;
quanto a morte, possuirá
qualquer lembrança
que o mar não possa afogar
ou que a entoação das cigarras
se tente aninhar.
Que o mutismo e a longanimidade
acentuem a sua disparidade;
que o primeiro porte ternura
e o segundo se submeta à fleuma.
Autorres: Moisés Jalane
e
Serano Manjate
Serano Manjate
© Todos os direitos reservados
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