Dentre vultos e sombras a noite cai,
Já se desmantela o dia, a estrela brilha...
Por toda a terra há filhos sem pai,
Há os que tem como mãe a estrela-guia.
 
Nada se ouve. A noite é de gala. Calmaria!
Os ventos murmuram com açoites leves
E gostosa brisa trespassa os tons da fantasia
Trazendo aos sentidos os arrepios de neve.
 
As horas suspiram perante fértil madrugada.
É a realeza do tempo salpicando amores
Pelos prados e campos até surgir a alvorada.
 
Há um sabor de orvalho quando renasce o dia,
Tem-se fecundo silêncio nas orações e louvores
E uma singular certeza de felicidade e alegria!
 
 

 
DE  Ivan de Oliveira Melo

Ivan de Oliveira Melo
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