Só a tristeza dantesca e descabida
Enxerga do homem a ânsia de viver,
Nada mais é que  refrão de cantiga,
Ópera que encarde o ritmo do ser...
 
Devaneio sublime arrebata do elixir
O plasma do sonho pueril e inocente,
O tempo em que se é feliz é o porvir,
Porque a decência reside eternamente.
 
Tal é a brevidade da vida que agiganta
Diante das horas tudo o que se planta,
Pois semeadura é uma colheita vasta...
 
Nunca pomos as evidências face a face,
Deixamos que os escrúpulos se passem
Pelas rotas ambíguas e tudo se desgasta!
 
 
DE  Ivan de Oliveira Melo

 
 

Ivan de Oliveira Melo
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