QUANDO NOS ENCONTRAMOS
(Francisco de Assis Silva)
Findam-se as curvas do caminho
Na simetria que aos poucos avançamos...
Um dia – e eu estava tétrico e sozinho,
Um dia – e eu estava só... nos encontramos!
E depois desse dia, contíguos, simulamos
Haver entre nós, como dois passarinhos,
Nesse destino que formou dois ramos
Formando a mesma flor e os mesmos espinhos...
Depois de tantas voltas já vencidas
E nessa proporção que o amor conduz,
Como se atasse assim as nossas vidas,
E como a ramagem densa que produz
Seus brotos em épocas próprias conhecidas,
Vamos juntos, os dois, morrer na mesma cruz!
FRANCISCO DE ASSIS SILVA
© Todos os direitos reservados
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