Em cima de colunas gregas posso ficar
Olhando, observando, apreciando o tempo passar
Mas vem o tempo arruinar
A existência de tudo, depredar.
 
Vejo a areia da ampulheta escorregar
O vento vai e vem e derruba tudo com o ar
Mas não tenho tamanha força para parar
Esse tempo do bem e do mal à caminhar
 
Renovam-se! renovam-se os mundos!
Com o toque do tempo em segundos
Minutos, horas, dias, meses, anos
E nada consegue ficar debaixo dos panos
 
Toca-nos mas é intangível
Às vezes bom, quase sempre insensível
Não tropeça, não volta para trás

 
Não teme nada, ri de tudo que faz

Ana Moraes de Oliveira Rosa
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