O vazio que me acolhe
Transborda na seca dos meus olhos,
Destrói a cada momento a alma
E avança na direção da calma
A nau dos meus sonhos,
Navega na calmaria das marés da vida,
Naufraga na desilusão dos caminhos
Da correnteza permitida.
A pluma da paixão
Não voa com a ausência dos ventos.
A cidade que me rodeia,
Está deserta.
A paz que me crava a carne,
Me perturba o inconsciente
E a vida que se perde por entre os anos,
Como a nau dos meus sonhos.
Joao Marques de Farias
© Todos os direitos reservados
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