Eu preciso de tempo,
antes que me acabo, me de prazo,
para que eu possa, me ajuizar
nesse juízo de mandatos
que sem ouvidos, me arrastam
pelos meus gritos e castigos
pelos trilhos que estavam contigo
e pela leis desses proscritos.

Vida sem prazo, não é nada
... Enforcamento de tempo
afogamento d'água
me vejo molhado, sem asas,
em angustia, que arrasa,
mesmo sem lado, sou de casa,
n'essa brasa, que me aça
no estrangulo nesse fado
me sucumbo nesse enfado.

Meu prazo longo...
meu tempo passa,
vida me abraça, com essa brasa
ébrio me acha...
E eu, fico assim, n'essa cachaça
... Na incisão de prestação
de uma nação sem coração
quanta paixão!!!
Quantas bombas, nesse torrão.

Antonio montes

Antonio Montes
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