Te fecha a trinco

Incendeia meu corpo

Sem piedade,

As minhas mãos passeiam

No seu corpo ainda guardado

Me embaraço no desejo

De ir além do beijo,

Você cria paredes,

Entre a minha vontade

E a sua pirraça,

Está seu sorriso,

O orgulho do poder que tem

Me caça,

Se esfregando mansa

Sonho com o momento

Da entrega,

Se oferece,

Depois nega

Um desespero de febre de cio

Daqueles que a carne

Do meu corpo não aguenta

Mas não há lei que lhe obrigue

A me servir o seu sexo,

Avanço,

Tento invadir o seu bloqueio,

Não creio que você mude de idéia,

Que se abra como rosa em botão

Você é bailarina que alucina,

E eu dancei nessa,

O muro, é seu cruzar de pernas

Não há nada contenha esse fogo

Calor de égua prenha

Que nada afugenta

Teia de aranha,

Quero você molhada,

Sem roupa,

Sem força

De portas abertas

Me laça,

Provoca,

Atiça

Depois nega.