Sobre os flamboyants
Da movimentada rua
Bailam borboletas amarelas
Lembrando as primeiras aquarelas
De um tempo de paz imensa
Da primeira escola
Dos pés sobre a bola
Do giz de cera e a cola
Do dever na sacola
Das lamparinas invadindo narinas
Queimando as retinas
Desenhando as lindas meninas
De olhos pretos e azuis
Cabelos lisos e crespos
Acendendo o adolescente coração
De medo e expiação
Que guarda segredos
Dos becos e enredos
Envolventes de paixão.
Os flamboyants
Com suas borboletas amarelas
Contarão histórias brandas
De um tempo de saudáveis quimeras
Cantadas e tocadas.
 

 
          (Autor: Paulo Rogério Aires Martins)