Mamãe vivia os sonhos de ver anjos...
Então andava descalça nas areias da praia...
A observar no céu as imagens que as nuvens formavam...
Imaginava que os anjos tinham asas e usavam roupas brancas...
A imaginar sonhos de menina, sempre com uma cantiga...
Sempre usando seu único vestido de chita ao ar seus sonhos lançava...
De ser feliz, ou acreditava que a felicidade se encontrava...
Jogada no chão ou fosse esquecida por alguém...
Ingenuidade com força para tentar realizar sonhos...
De esperar a procura, de algo que não pode ser do jeito que sonhamos...
Até que um dia surgiu em sua frente um anjo, ou supostamente um varão...
Agasalhado de branco que naquele momento foi um anjo...
Foi-se a dizer-lhe coisas muito bonitas, disse que era bela...
Que seus cabelos eram como as ondas do mar...
E sua boca como o calor das noites...
Assim ela se apaixonou e numa noite, assim como ele surgiu, se foi...
Ela ainda anda na praia, com seu vestido que já não serve mais...
Ao espera que um dia o anjo possa voltar e a felicidade com ela encontrar.

Comendador Carlos Donizeti de Oliveira (DA)

Comendador Carlos Donizeti de Oliveira
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