Tantos retalhos costurados,
remendados um a um,
mente a recriar atalhos,
mão a cavoucar ilusão,
linha a bordar continuidades,
histórias tendendo acabar,
caminhos por onde passar
quando não há caminho algum…
E o que se segue, persegue-se
tentando agarrar
motivos pra sobrevivência,
sentido para festejar
outro renascer livre
no lugar que um dia virá,
quem sabe aqui ou acolá…
Trilhas do desequilíbrio lúcido
a remexer sentimentos calados,
trazê-los à tona, despertados,
fazendo barulho estridente,
entorpecida mente,
abrindo fendas e passagens
às vividas experiências,
legados e essências,
buscando outra existência
entre perdidos e achados,
sem metas, sem retas ou direção,
num tortuoso espaço
traçando passo a passo
a rota da imaginação.
(Carmen Lúcia)
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