Caminhando pelas estradas do sertão

 

Depara-se com alguma terra germinada

Que dará ao homem o alimento do amanhã…

 

Adiante veem-se irrigações à beira da míngua,

É que o inverno deveras fracassou

E o ser humano sem ter como molhar a língua

 

Olha para o céu azul e clama

Suplicando o socorro que é chama

Em sua fé cega e infinita

Que enche sua alma de esperança

 

Na certeza de que tudo se transformará

Diante de um solo seco que não é mar…

Só lágrimas e ele, coitado, pranteando

Em busca do líquido que vale ouro

Neste córrego que é uma triste ilusão!

 

 

 

 

DE Socorro Caldas / Ivan de Oliveira Melo

Ivan de Oliveira Melo
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