Verdadeiramente meu coração resta
Porém meu corpo lívido vaga lento
Atacado de um veneno ciumento
Escrevendo ódio bem na minha testa
Pra todos verem minh’ alma que detesta
Sempre indiferente trouxe tormento
A mulher de amor quase avarento
Fugindo como uma pantera lesta
Espalhando veneno nos quatro cantos
Pra enfim dizer: Só amor interessa!
Mas alguém irá colocá-la em prantos
Pois o amor jactante prega uma peça
Quando te amei eu precisei dos santos
E quando amar saberá que dor é essa.
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