Alma negra, alma escura, alma mordaz
Que cobriu a vida com o seu manto de amarguras
Por mais que tentes jamais serás
Uma alma branca livre de dores e agruras
Se contorces em cinzas, que se esfarelam no chão
Da consciência de povos, marcados pelo açoite
Se é por pouca pressão que se tornas carvão
Enquanto os que resistem são diamantes da noite
Diamante, belo diamante
Forjado na vida a ferro e sangue
Brilho singular que nos leva adiante
Que brota da forja de uma dor já estanque
Seu valor está além de sua notória resistência
Ou do fato de se converteres em grafita
Carrega a humildade do carbono em sua essência
Disfarçado numa beleza singular, quase infinita...
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