Vagueio taciturno,

notívago pelas ruas desertas

da cidade adormecida,ando errante

os caminhos que escolhir e

perâmbulo moribundo essas 

ruas  enegrecidas,cinzentas,molhadas,frias e imundas.

lobo da noite sou,

entoou meu grito solitário e pertubador,

que corta feito espada o silêncio sepulcral,cobrindo

de terror as noites geladas e macabras.

Lobo da noite sou,

procurando minha presa,anseio vingança,pois todos

esses anos de dor,me separaram da bondade humana

e minha escolha agora é...matar!

Lobo da noite sou.

Lobo solitário sou,

sem ninguém ,sem amor...há cheiro de morte

pelas ruas e o teu fantasma coberto de sangue me povoa a mente

em forma de sonhos pertubadores.

Lobo da noite sou,

meu inimigo,para ele eu não tenho rosto e po-lo-ei sob

o escabelo de meus pés e o

farei sentir na própria garganta o tamanho

da minha dor e a extensão de minha ira.

Há muitas escolhas,eu

escolhir as minhas,como um lobo da noite,

as noites geladas me devoram e eu selo o meu destino.

Charles Feitosa de Souza
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