Pela estrada a fora rumo ao meu sertão
Viajo a galope em cima de um negro alado alazão
E por ela vejo os verões verdes das estações
Que perduram beleza até o cair da aurora
Pelas chapadas, morros acima, morros abaixo
Num galope truculento passei turbado
E ao adentrar nas matas, longo som ouvi das bicharadas!
Trovoadas de arrepio! Fiquei...
E avexado passei, na velocidade rumo à luz
Bem no fim do horizonte brilhante
Pondo fim, no meu eterno passar...
Chegando ao meu sertão! percebi:
- O pouco que aqui tenho, muito eu procuro lá,
E quando, enfim, o acho, logo se vai...

casa

Railson Machado Pinto
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