A menina que não para de buscar

A alma que perdeu sua casa

Visitou um outro lugar

Passando de cômodo em cômodo

Quase sempre sem escutar

Se assusta e logo também faz assustar

 

Procura algo e não encontra

Talvez não saiba que não é seu lugar

Se energiza da energia alheia

Em seu íntimo pede uma solução

Pobre, vagueia sem saber 
Que seu porto seguro, já não existe não

 

Pergunta e lamenta por não entender o que aconteceu

Grita e devaneia, um solitário caminhão

Comendo uma infinita estrada 

Sem fim nem direção

Chora e chora, 
Sem saber onde acordou 

Sem entender quanto tempo vivia

Enganada por uma distração 

Pobre alma ignorante, distraída e perdida

Passeia sem rumo, solitária, sem pé, muito menos chão.