A alma que perdeu sua casa
Visitou um outro lugar
Passando de cômodo em cômodo
Quase sempre sem escutar
Se assusta e logo também faz assustar
Procura algo e não encontra
Talvez não saiba que não é seu lugar
Se energiza da energia alheia
Em seu íntimo pede uma solução
Pobre, vagueia sem saber
Que seu porto seguro, já não existe não
Pergunta e lamenta por não entender o que aconteceu
Grita e devaneia, um solitário caminhão
Comendo uma infinita estrada
Sem fim nem direção
Chora e chora,
Sem saber onde acordou
Sem entender quanto tempo vivia
Enganada por uma distração
Pobre alma ignorante, distraída e perdida
Passeia sem rumo, solitária, sem pé, muito menos chão.
Alexandre Soares
© Todos os direitos reservados
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