Poesia Sumida

Já não me lembrava...
da tua presença
talvez não quisesse
a tua beleza.
Pois sei que te sentes
maior do que sejas.

No sono intranquilo
me veio a incerteza.
Será que esqueci
de alguém que proteja?
Por que o pensamento
com o sono peleja?

Então, bem aos poucos,
lembrei de tua voz.
Até me chamares,
até meio atroz:
"Ei! esquece você
que é um poeta?"

"Eu?" pergunto sozinho
Talvez me esqueça...
Nem sequer prometi
pra alguém tal promessa...

Mas lembro de ter esquecido.
Por pensar que escrever
é o mesmo que entristecer...
Quanta conversa!

Tá bom... não vou desdobrar...
me dá o papel, que vou começar.
Hoje você me acordou, poesia
mas, por favor... Vê se não anda sumida!