Na senda do crime...

Na senda do crime...



Tem sintomas de amargura

A vida que escolheste

Ela leva à sepultura

Caminho dos aciprestes


Trilhar caminhos errados

Não dá camisa a ninguém

Alguns ficam mutilados

Outros, jogados ao desdém  


No caminho fácil, é difícil 

De vencer os obstáculos

Trajetória incondicional 

De tropeços e buracos


Vive a vida em sobressaltos

Aparentando destemor

Com arma pratica assaltos

Sem ela, medo e pavor


É o fim da valentia

É o fim do destemor

É a imensa covardia, 

Sem as balas no tambor


A cadeia é o seu lar

Entra e sai, continuado

Promete que vai parar

Prometer, dissimulado 


Insurge-se estupefato

Ao sistema prisional

Quer que o deixem de fato

Livre, sem condicional


Alguns vão pro cemitério

Outros vão para a cadeia

Esse o grande mistério

De quem rouba coisa alheia 


O ladrão de carteirinha

É como cantor do fado

Quando a noite se avizinha

Não pode ficar calado.


E os da elite engravatada,

Que roubam o erário público

Esses... não temem é nada,

E ainda se dizem repúblicos


Têm mesma índole no sangue

Do ladrão que rouba e mata,

Só que a deste, é uma gangue

Que a polícia desbarata.


A outra, mais sublimada

Precisa o FBI intervir.

Aqui, com sua carteirada

Eles, não se deixam punir.


Essa elite engravatada

Não rouba coisa pequena

Cem mil, pra eles não é nada

Só milhões lhe vale a pena.


Porangaba, 28/05/2015 (data da criação)

Armando A. C. Garcia


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