De repente, me vi ali, pensando novamente em nós,

mesmo estando distantes, os nós, nos mantêm

entrelaçados, através das lembranças longínquas.


Às vezes sinto,

que meu coração está desejoso em falar,

porem, a minha boca não é o canal suficiente para expressar.


Então, peço auxílio aos meus olhos,

que deixam uma lagrimar rolar por minha face,

mostrando assim, a minha condição no íntimo.


Mas, ainda sinto que é pouco, por isso permito então,

que os meus ouvidos, procurem sons que deixem ainda mais,

as lembranças extremamente vividas em minha mente.


Mente esta, sobrecarregada de detalhes,

de uma vida que vivemos,

no mais puro amor.


E quando penso que já usei tudo,

me deparo com o espelho, e então me vejo e percebo,

que em meu semblante, não há nele algo confortante,

mas sim, um sinal cortante de uma solidão,

que me dilacera a alma.

_Pedro A. D. Moraes_

17-04-2015

20:02 – Sexta-feira

Pedro A. D. Moraes
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