Os sinos tocam, ergo o coração ao céu,
fecho os olhos e abro a alma,
envelope da minha carne,
amor e salvação...
O que vim fazer aqui já está feito,
abrir o cadeado do meu coração
e sentir o imperfeito movimento do amor,
barco solitário a navegar a razão,
jardineiro da única flor...
Quanto tempo gastei até esquecer tudo o que aprendi,
por quanto tempo evitei chorar, um choro molhado ri;
larguei as rédeas da ilusão e os cavalos do desejo
saíram a vagar pelos campos onde deuses caminharam;
o homem que aprende a amar segue o instinto que o salvará,
a andar sobre as águas e sobre a terra seu leite jorrar...
Prieto Moreno
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